terça-feira, 13 de setembro de 2011

Entendendo a mensagem da semana: vício x brincadeira

Resolvi falar um pouco sobre esse assunto, pois, além de ter lembrado de minha infância e do tempo que passava na rua brincando com meus amigos, assisti a um programa que falava a respeito de um menino de 11 anos que passava o dia inteiro em frente ao computador, inclusive nas horas do almoço e do jantar. Logo pude entender o problema dessa família e da criança, após assistir a todo o programa. 
Como definir, nos dias de hoje, limites para nossos filhos quando o assunto é tecnologia: games, computadores, internet, celular, salas de bate-papo etc... ? Até que ponto é algo saudável e construtivo deixar seu filho brincando no computador ou com algum outro game e quando perceber que uma brincadeira deixou de ser brincadeira e passou a ser um vício? O que os pais podem e devem fazer a respeito?
Voltando ao caso do menino de 11 anos: esse menino era o mais velho de duas irmãs, uma com 3 e  outra com 5, e sua mãe era solteira. A mãe encontrava-se deprimida vendo o seu filho cada vez mais distante da realidade, já que não convivia com outras crianças, a não ser na escola. Ao mesmo tempo, havia se acomodado, já que ter um filho a menos com quem se preocupar, lhe dava a oportunidade de cuidar da casa e das outras filhas. Ele não requiria a atenção dela e ela não requeria a dele.
Agora, eu pergunto: será que foi mais fácil deixar o computador se tornar a companheira do menino para que ela não precisasse se preocupar com ele? Terá o computador se tornado a mãe, a babá, os amigos....? Um coisa é fato: essa criança não dava trabalho. Na hora do almoço, um prato com bife a batata-frita estava ali, à sua frente e à frente do computador; na hora do jantar, a mesma coisa. Suas únicas companhias eram o computador e o prato de comida. E assim, o menino ficava quieto e ela conseguia cuidar da casa e das filhas pequenas.
Com a ajuda certa, essa mãe pôde ver o quão afastada estava do seu filho, física e emocionalmente e o quanto esse afastamento e falta de investimento afetivo fez com que seu filho se refugiasse no mundo virtual. Quando começou a dar atenção a ele, levando-o para passear, convidando amigos da escola para brincar em casa, o "vício" acabou. Ele passou a curtir a vida em família, já que agora tinha uma família, seu desempenho escolar melhorou e os jogos no computador se tornaram passatempo.
Hoje, pais cansados da correria do dia-a-dia não conseguem dar a atenção necessária aos filhos e, quando chegam em casa, e os veem diante da TV, do PC ou do celular acham ótimo, pois assim podem descansar ou continuar a trabalhar. Infelizmente, as crianças estão crescendo dentro de apartamentos e poucas são aquelas que brincam ao ar livre, correm, pulam, brincam de pique-esconde, pique-cola etc... Não tendo onde gastar toda energia, tornam-se inquietos, irritados, deprimidos e/ou solitários. Os pais, por cansaço e por falta de tempo, delegam a responsabilidade de atenção, educação e imposição de limites para a escola. Tudo então é permitido (computador, dormir mais tarde, jantar em frente à TV, ficar no celular), porque não querem se aborrecer ou porque é uma maneira de compensar a ausência na vida dos filhos. É aí é que os problemas começam. Por mais cansativo que seja o seu dia, não há como escapar da responsabilidade e da importância de vocês na vida emocional e na educação dos filhos. Se vocês se fizerem presentes, em termos de qualidade, na vida deles, mesmo que por algumas horas, não há dúvidas de que preferirão estar com vocês a estarem com qualquer outra coisa (celular, PC TV...) ou pessoa, e na hora de colocar os limites em relação aos aparatos tecnológicos e a outras coisas será mais fácil. 
Não se esqueçam: nada é mais importante que a felicidade de seus filhos, mas ela só é possível quando há um clima afetivo saudável em casa e pais interessados na vida deles.

Gravidez com saúde para você, mamãe e seu bebê.

Como lidar com a notícia de uma gravidez? Para aqueles que já a esperavam e para os que não a esperavam, estar grávida é um momento singular e traz muitas dúvidas, preocupações e inquietações. Após o nascimento, acompanhar o desenvolvimento de seu bebê, se adaptando a ele, não é tarefa fácil. É uma fase cheia de perguntas, necessidade de respostas e esclarecimentos. As avós, tias, outras mães e profissionais de saúde podem ser de estimável ajuda.
Há quem pense que esta fase fica para trás depois que o bebê cresce. Não. Há sempre recaídas e retrocessos, pois a vida de um Ser Humano que está crescendo é assim. Está sempre rumo à independência, segundo Donald Winnicott.
Aqui será um lugar onde você poderá tirar suas dúvidas. A cada semana postarei dicas, conselhos, depoimentos e espero que me ajudem postando dúvidas e perguntas.