quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A alimentação X contato pele a pele

"O leite humano tem baixo teor de gordura, exigindo, portanto uma alimentação mais prolongada e um contato pele a pele mais longo, conectando mãe e bebê e estabelecendo por toda a vida uma boa relação entre comida e nutrição emocional". (Jelliffe & Jelliffe,1978)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Entendendo a mensagem da semana: a figura do pai no início da vida de seu filho.

Qual a importância do pai no início da vida de seu filho? Sei o quanto muitos pais se sentem ou já se sentiram rejeitados, às vezes pela mulher, às vezes pela própria criança e o resultado disso nunca foi ou é bom. Já houve casos de homens abandonarem o casamento, casos de traição e casos de declarado afastamento do filho por conta de uma relação que não pôde ser construída. Por que isso acontece? É muito comum e até natural que a mulher, após descobrir que está grávida, comece a se envolver emocionalmente com o bebê que está carregando e se apegue cada vez mais à medida que a gravidez progrida e depois que o bebê nasce. Paralelamente a essa intimidade que começa a existir entre mãe e bebê, existe o pai que pode ou não participar e se envolver com esse que está para nascer. Em certa medida, ele precisará contar com a atitude da mãe para que possa fazer parte desse processo. Dependendo da história de vida da mulher, no que diz respeito à relação inicial com sua mãe, esse envolvimento pode ocorrer ou não. No que diz respeito ao pai, a sua história de vida e relação inicial com sua mãe também vão interferir.
Homens que sofreram alguma forma de rejeição ou negligência com o nascimento de um irmão podem reeditar essa experiência e vivenciar a gravidez de sua esposa como uma ameça à sua relação e, antes que sofram por uma provável rejeição, começam a se afastar da mulher ou, depois o que o bebê nasce, se afastam dele, pois, em sua fantasia, a qualquer momento, ele atrapalhará a relação do dois.
Da parte das mulheres, pode haver uma recusa progressiva em se relacionar com o marido pela fantasia de que o mesmo a impedirá de se relacionar com seu bebê ou de que só ela é capaz de entender tudo o que se passa com o filho etc... 
O fato é que, independente da história de vida de cada um, a mulher é quem precisa, diariamente, trazer a figura paterna para essa relação. A importância da presença do pai, seja física ou emocionalmente, vai fazer toda a diferença no início da relação entre pai e filho(a), principalmente se esse pai passa a maior parte do tempo trabalhando. Mais tarde, ele será a figura que romperá essa simbiose entre mãe e filho. Ele introduzirá não só a realidade e os limites assim como o estabelecimento das primeiras relações triangurales.
É sabido também que muitas mulheres se afastam da vida de mulher e esposa e passam a ser somente mãe, por um período maior que o necessário, o que leva muitos homens a pedirem o divórcio ou a começarem algum caso extra-conjugal. Homens devem entender que até os seis meses (mais ou menos) a mãe se envolve e precisa se envolver integralmente com o bebê para atendê-lo em suas necessidades físicas e emocionais e que, durante esse período, é natural que ela não se interesse por mais nada, a não ser seu filho. Passado esse período, o homem tem que se fazer presente e se colocar no meio dessa relação para que essa dupla seja desfeita e a mãe volte à sua vida de mulher.
Por isso é tão importante que homens e mulheres desejem igualmente um filho para que fantasmas do passado não assombrem a relação que já existe e a que está para começar e para que seja possível uma relação saudável entre pais e filhos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A figura do pai no início da vida de seu filho.


Se você papai se sente ou se sentiu rejeitado, afastado ou sem atenção por parte da mulher no início da vida de seu filho, entenda o porquê? Na próxima semana falarei sobre isso. 

Deixem aqui seus comentários.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Entendendo a mensagem da semana: vício x brincadeira

Resolvi falar um pouco sobre esse assunto, pois, além de ter lembrado de minha infância e do tempo que passava na rua brincando com meus amigos, assisti a um programa que falava a respeito de um menino de 11 anos que passava o dia inteiro em frente ao computador, inclusive nas horas do almoço e do jantar. Logo pude entender o problema dessa família e da criança, após assistir a todo o programa. 
Como definir, nos dias de hoje, limites para nossos filhos quando o assunto é tecnologia: games, computadores, internet, celular, salas de bate-papo etc... ? Até que ponto é algo saudável e construtivo deixar seu filho brincando no computador ou com algum outro game e quando perceber que uma brincadeira deixou de ser brincadeira e passou a ser um vício? O que os pais podem e devem fazer a respeito?
Voltando ao caso do menino de 11 anos: esse menino era o mais velho de duas irmãs, uma com 3 e  outra com 5, e sua mãe era solteira. A mãe encontrava-se deprimida vendo o seu filho cada vez mais distante da realidade, já que não convivia com outras crianças, a não ser na escola. Ao mesmo tempo, havia se acomodado, já que ter um filho a menos com quem se preocupar, lhe dava a oportunidade de cuidar da casa e das outras filhas. Ele não requiria a atenção dela e ela não requeria a dele.
Agora, eu pergunto: será que foi mais fácil deixar o computador se tornar a companheira do menino para que ela não precisasse se preocupar com ele? Terá o computador se tornado a mãe, a babá, os amigos....? Um coisa é fato: essa criança não dava trabalho. Na hora do almoço, um prato com bife a batata-frita estava ali, à sua frente e à frente do computador; na hora do jantar, a mesma coisa. Suas únicas companhias eram o computador e o prato de comida. E assim, o menino ficava quieto e ela conseguia cuidar da casa e das filhas pequenas.
Com a ajuda certa, essa mãe pôde ver o quão afastada estava do seu filho, física e emocionalmente e o quanto esse afastamento e falta de investimento afetivo fez com que seu filho se refugiasse no mundo virtual. Quando começou a dar atenção a ele, levando-o para passear, convidando amigos da escola para brincar em casa, o "vício" acabou. Ele passou a curtir a vida em família, já que agora tinha uma família, seu desempenho escolar melhorou e os jogos no computador se tornaram passatempo.
Hoje, pais cansados da correria do dia-a-dia não conseguem dar a atenção necessária aos filhos e, quando chegam em casa, e os veem diante da TV, do PC ou do celular acham ótimo, pois assim podem descansar ou continuar a trabalhar. Infelizmente, as crianças estão crescendo dentro de apartamentos e poucas são aquelas que brincam ao ar livre, correm, pulam, brincam de pique-esconde, pique-cola etc... Não tendo onde gastar toda energia, tornam-se inquietos, irritados, deprimidos e/ou solitários. Os pais, por cansaço e por falta de tempo, delegam a responsabilidade de atenção, educação e imposição de limites para a escola. Tudo então é permitido (computador, dormir mais tarde, jantar em frente à TV, ficar no celular), porque não querem se aborrecer ou porque é uma maneira de compensar a ausência na vida dos filhos. É aí é que os problemas começam. Por mais cansativo que seja o seu dia, não há como escapar da responsabilidade e da importância de vocês na vida emocional e na educação dos filhos. Se vocês se fizerem presentes, em termos de qualidade, na vida deles, mesmo que por algumas horas, não há dúvidas de que preferirão estar com vocês a estarem com qualquer outra coisa (celular, PC TV...) ou pessoa, e na hora de colocar os limites em relação aos aparatos tecnológicos e a outras coisas será mais fácil. 
Não se esqueçam: nada é mais importante que a felicidade de seus filhos, mas ela só é possível quando há um clima afetivo saudável em casa e pais interessados na vida deles.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Brincandeira x Vício

Poste sua mensagem aqui a respeito do que pensa sobre o título. Semana que vem, postarei a minha opinião.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Entendendo a mensagem da semana: Meu filho está grandinho, mas continua fazendo xixi na cama.

Esse é um assunto muito comum principalmente entre mães de primeira viagem que ficam se perguntando o que fazer para acabar com isso, pois não aguentam mais ficar lavando lençol ou colocando fralda todas as noites no filho já crescido. Infelizmente, algumas se contentam com respostas do tipo: "isso é hereditário, minha irmã fez xixi até os 12 anos ou eu mesma molhei a cama por muito tempo", para não ter que encarar a real situação e mudar de atitude (não estou descartando a questão da hereditariedade). Desculpe, mamães, se estou sendo franca demais, mas não dá para agir diferente quando o assunto diz respeito à humilhação a que uma criança vem sendo submetida dia após dia por acordar toda molhada. Talvez vocês estejam dizendo: "Isso é um exagero. Aconteceu comigo e estou viva até hoje". Mas, por que não ajudar seu filho a superar isso, mesmo quando o mais fácil (para os adultos e não para a criança) seria esperar o tempo passar para ele dar o seu próprio jeito? 
 Eliminada as questões orgânicas, podemos dar um tchau para a enurese, que é sempre um sintoma, e melhorar a auto-estima do seu filho. Basta dedicação, paciência e algumas mudanças: 
1) Se seu filho dorme no quarto com os pais, entre eles ou não, ou divide a cama com o pai ou com a mãe, ainda que no próprio quarto, isso tem que acabar. Essa é a primeira providência a ser tomada;
2) Se bebe líquido à noite, perto da hora de dormir ou mama de madrugada, outra mudança. Esse hábito tem que ser modificado. Explique para seu filho que a partir de uma determinada hora ele não beberá mais água e diga o porquê. No início, ele irá protestar, mas você não pode ceder;
3) Durante as primeiras noites, coloque-o para fazer xixi antes de dormir e de madrugada;
4) Se acordar seco, elogie-o bastante e lhe dê alguma recompensa;
5) Se acordar molhado, não dê nenhum tipo de punição, somente o incentive e diga que ele ainda terá outra oportunidade para provar que não vai mais fazer isso.

O que você não pode esquecer é de fazer uma investigação na vida afetiva da família, pois a enurese noturna está diretamente ligada a questões emocionais e a um grau elevado de ansiedade. Seja porque a criança está "apaixonada" por papai ou mamãe e estar juntinho deles à noite pode transformar em realidade aquilo que está só na fantasia; seja porque nasceu um irmão (ã) e há o sentimento de uma ameaça iminente da perda do amor dos pais; seja por algum problema escolar e/ou por segredos que não podem ser ditos, mas que é percebido pela criança que sempre se acha responsável por qualquer problema à sua volta. Tendo olhado profundamente para si próprio e para o seu ambiente familiar e tomado as medidas necessárias, siga os passos acima e espere por resultado positivos antes do que espera.
Boa sorte!!!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Entendendo a mensagem da semana: banquinho, cantinho, quarto da reflexão.


A imposição de limites é algo que deve começar cedo na vida do seu filho e, muitas vezes, sem que você se dê conta já está fazendo isso quando os primeiros nãos são ditos e quando o desmame começa. Você pode estar se perguntando o que o desmame tem a ver com a imposição de limites, não? Mas é isso mesmo. O bebê só pode começar a aceitar a realidade quando você introduz um outro tipo de alimentação. É o início da separação entre vocês e o início da instauração do sentimento de "eu sou eu, separado de minha mãe". Por isso é tão difícil essa etapa. Muitos bebês se recusam a largar o peito ou a mamadeira e há os que mamam por muitos anos. Não estou querendo dizer que o peito ou a mamadeira vão ter que ser abandonados para sempre, não. Eles só não vão poder ser o alimento indispensável. Nessa etapa, os papais são muito importantes, essenciais.
O mais importante na imposição de limites, é você se mostrar firme e cumprir aquilo que diz ao seu filho. Já vi em meu consultório muitas mães dizendo: "vou deixá-lo de castigo, sem poder sair para brincar, por uma semana ou não vou levá-lo comigo quando sair". Será que a mãe saberá, ao longo da semana, quantos dias faltam para acabar o castigo? Mais importante: será que a criança se lembrará por que está de castigo?
Se seu filho não tiver com quem ficar, você poderá sair e deixá-lo em casa sozinho? Como fazer valer as palavras que você disse? É aí que o seu filho começa a te manipular  e a saber que não cumpre o que diz.
O melhor castigo é aquele que é dado no momento exato em que seu filho faz algo errado. É aí que entra o banquinho, cantinho ou quarto da reflexão. Importante: o quarto que escolher para que seu filho fique de castigo não pode ser o que ele dorme, senão ele o associará com algo ruim e não quererá mais dormir nele. O quarto também não pode ser um cômodo que tenha muitos objetos, caso contrário, o castigo se transformará em divertimento. O melhor mesmo é colocá-lo num lugar que esteja dentro de seu campo de visão. 
A idade de seu filho corresponderá ao tempo em que ele ficará no castigo.
Então vamos aos passos:
Primeiro passo:  ao ver seu filho fazendo algo errado, dê-lhe um primeiro aviso, tipo: "se você continuar a fazer isso, vai para o banquinho ou almofada, ou tapete...."
Segundo passo:  seu filho descumpriu o aviso. Chegue perto, abaixe-se, ficando na altura dele e diga: "você está indo para o banquinho e ficará lá por, 2,3,4....minutos, porque fez tal coisa errada".
Pode ter certeza de que ele vai se recusar a ficar lá e sairá do lugar. Nessa hora, sua firmeza, paciência e persistência são a chave. 
Terceiro passo: se ele sair do lugar, pegue-o novamente, sem lhe dirigir a palavra e o coloque no mesmo lugar. Ele vai chorar, berrar, dizer que a ama, pedir desculpas, todo tipo de coisa para deixá-la com dó dele. Não se entregue, não caia nessa armadilha, seja firme, essa é a base do sucesso. Agora, mamãe, se prepare, porque vai ter que fazer isso quantas vezes forem necessárias (3, 4, 5, 10... vezes), até que ele desista de enfrentá-la. Importante: a cada vez que ele sair, o tempo também recomeça.
Quarto passo: quando ele tiver cumprido todo o tempo, vá até ele, abaixe-se e diga porque você o colocou de castigo, peça para que peça desculpas e o abrace.
Esse tipo de punição, mostra ao seu filho que toda coisa errada feita tem uma consequência imediata. Você pode aplicá-lo quando um irmão bater no outro irmão, amiguinho, você, quando falar coisa feia, quando lhe desobedecer etc..... 
Eu sei que as primeiras vezes não são moleza e que você ou o papai ou aquele que o colocou no castigo terá vontade de desistir, pois achará que não está funcionando. Não perca as esperanças, não desista, seja persistente e confie em você. Você é quem está no "comando" e seu filho tem que saber disso. Quando ele souber, tudo ficará mais fácil.
Seja firme!!!! Boa sorte.
Qualquer dúvida ou dificuldade, deixe aqui seu comentário.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mensagem da semana:


Cantinho, banquinho ou quarto da reflexão. Como colocar limites claros para seus filhos? Postem aqui seus comentários. Semana que vem, postarei o meu.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Entendendo a mensagem da semana: O que fazer para facilitar a ida do seu filho para a creche ou escola?

Não tenho dúvidas de que esse é um passo muito difícil tanto para a mãe quanto para o filho, principalmente se  ele ainda é um bebezinho. Mães que precisam voltar a trabalhar, vão sofrendo por antecipação quando o momento se aproxima, e a ansiedade é o sentimento mais presente nessa hora. Muitas perguntas também surgem: deixo meu filho com uma babá, avós ou o coloco numa creche/escola? Em se falando de bebês que ainda mamam no seio, a situação fica ainda mais penosa. 
Bem, mamãe, se essa é uma realidade em sua vida, ou seja, voltar a trabalhar, o melhor é começar a desmamar seu bebê, física e psicologicamente falando, lentamente. É necessário que você comece a falhar. O que quero dizer com falhar? Assim que seu bebê nasce, ele precisa ser atendido em todas as suas necessidades para que se desenvolva. O atendimento não é percebido pelo bebê, porque ele se encontra numa fase de dependência absoluta, quer dizer, se o bebê chora, você o acode; se ele molha a fralda, você a troca.... o continuar a ser dele nunca é interrompido, já que você não falha em atendê-lo. Porém, à medida que ele cresce, cresce também a capacidade de começar a poder esperar e esperar por falhas. Normalmente esse período coincide com a época da introdução de outros alimentos e concomitantemente ao desmame. Por causa da crescente capacidade do bebê de esperar, ele também é capaz de suportar as falhas. A realidade começa, pouco a pouco, a ser apresentada a ele juntamente com o desmame, e a noção de que ele é ele e você é você também começa a ser percebida. Outras pessoas, que já faziam parte de seu mundo mas não eram vistas como pessoas separadas dele passam a povoar seu pequeno universo de outra maneira. É mais ou menos nessa época que o bebê também está indo para a creche.
Daí a importância, mamães, que se comece um processo de desmane seja ele físico ou psicológico (tudo vai depender da idade do seu filho). Você também sentirá a necessidade de "voltar para o mundo social", e essa necessidade será uma aliada. Então, faça o seguinte: se nunca deixou seu filho sozinho com alguém, comece a deixá-lo por 25 minutos e volte para casa; depois por 1 hora, volte para a casa, e assim sucessivamente. Faça os ajustes de tempo que achar razoável para você e para ele. Tente não mostrar ansiedade ou angústia na presença dele, e nem fique telefonando de 5 em 5 minutos, pois ele precisa da sua confiança e segurança para dar esse passo gigantesco e sentir que os outros também são confiáveis. No final, seu filho vai aprender que toda vez que você sai,  você volta e que ele pode confiar em seu meio-ambiente.
Boa sorte!!!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mensagem da semana: O que fazer para facilitar a ida do seu pequeno para a escola ou creche?

Amigos, deixem seu comentário. Semana que vem deixarei o meu.

Resultado da enquete: o que fazer ao ver seu filho(a) tocando em seu próprio órgão genital?

Esta não deve ser uma situação fácil de lidar. Não foi à toa que poucos responderam a enquete.
Qualquer assunto que envolva questões ligadas à sexualidade e a sexo continua sendo tabu até hoje. Senão tabu, ainda é difícil falar com naturalidade sobre isso. Ouço em meu consultório pais que ficam sem saber o que dizer quando um filho pergunta sobre gravidez, nascimento, beijo na boca, namoro, sexo etc.... Ainda ouço história da cegonha e da sementinha. 
Mas, vamos à enquete. O que fazer papai ou mamãe quando vir seu filho se masturbando? Isso é normal? É um problema psicológico? Devo chamar a atenção dele (a) na hora? O que dizer? O que fazer? Uns responderam que fingiriam não ver e outros conversariam sobre o acontecido. 
A primeira coisa a fazer, depois de conversar com seu filho (a), é: começar a prestar atenção para ver se esta foi uma situação isolada; se seu filho (a) dorme no mesmo quarto que vocês ou você divide a mesma cama com ele (a), está na hora de mudar. Dependendo da idade, aquilo que está vivo em sua fantasia, como por exemplo, mamãe é minha namorada ou papai é meu namorado, pode tornar-se realidade e essa ameaça causa angústia ou excitação, daí a masturbação; seu filho está com problemas na escola? como anda o clima familiar? Enfim, estas são perguntas que devem ser feitas para tentar entender o que se passa com seu filho, pois o que leva à masturbação incessante é excesso de ansiedade e angústia. 
Agora, se seu filho está entrando na puberdade, nada mais natural, desde que sejam casos isolados, começar a se masturbar, devido às mudanças hormonais e a descoberta de uma região que lhe dá prazer. Também é muito comum crianças de 2-5 anos descobrirem, por acaso, que seus órgãos genitais lhe dão prazer.
Se você agir com naturalidade, procurando tirar o foca da atenção da masturbação, apresentando algo prazeroso e divertido para o seu filho, essa situação vai passar. 
O segredo é sempre ser claro e honesto. Não mostre ansiedade, preocupação ou hostilidade em relação a esse assunto, pois seu filho poderá interpretar que o que está fazendo é muito feio, perigoso ou ruim, e isso  poderá atrapalhar suas relações amorosas futuras.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Resultado da enquete sobre gêmeos.

Como já foi explicado num post anterior, a respeito da escolha do nome para crianças gêmeas, deixo aqui somente o resultado da enquete. 20% responderam que colocariam roupas iguais em seus gêmeos e 80% que colocariam às vezes. Este é um bom resultado.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Entendendo a mensagem da semana: a importância psicológica na escolha do nome para seus filhos gêmeos.


Em 2001, escrevi um livro sobre gêmeos (Gêmeos: "onde está a semelhança?") e nele falei sobre a importância na escolha do nome para seus filhos gêmeos univitelinos. É muito comum e tentador para os pais dar nomes semelhantes aos seus filhos, já que, para muitos, os mesmos compartilham uma mesma identidade, então, por que não compartilharem o nome também?

A importância do nome sempre foi muito estudada e, a despeito de sua universalidade, existe uma grande diferença entre as culturas de como e do porquê os nomes são colocados em alguém. Em algumas culturas os nomes são dados de acordo com os eventos que ocorreram durante a gestação; em outras, a criança recebe o nome dos totens e da árvore genealógica de seus familiares. E, em alguns casos, o nome recebido ao nascer é somente o primeiro de tantos outros que a pessoa vai receber pela vida a fora.
Quando um nome é dado a uma pessoa, você está concedendo a ela uma identidade e um meio de simbolizar um "contrato" entre a sociedade e o indivíduo. É o nome que diferenciará uma criança da outra, uma pessoa da outra.
O nome que os pais escolhem para seus filhos reflete a relação futura entre seu nome e sua identidade. É ele que nos dará o sentimento de sermos únicos e de que temos uma identidade própria.
Então, qual é a importância psicológica do nome para dois irmãos ou irmãs que são parecidos?
Quantas vezes já perguntamos a gêmeos que conhecemos, quando não sabemos quem é quem,: "você é fulano ou beltrano?" Agora, coloquem-se no lugar deles e imaginem ouvir essa pergunta desde os momentos iniciais de suas vidas?
Quando damos nomes bem diferentes aos gêmeos, uma clara distinção fica marcada e deixamos de cair na armadilha de chamá-los ao mesmo tempo (criando um som e nome únicos), como sempre ocorreu comigo e minha irmã, Michelle e Charbelle (pessoas achavam que era um único nome), ou de fazer com que o gêmeo pense que estamos falando com ele e não com seu irmão ao pronunciar, por exemplo, os nomes: Adriana e/ou Adriane, Daniela e/ou Daniele, Maria Clara e/ou Clara Maria......
Se um gêmeo é sempre chamado pelo nome de seu irmão, e isso acontecerá milhares de vezes durante a sua vida, imagine se seus nomes forem muito semelhantes? Eles podem começar a desenvolver o sentimento de que são uma só pessoa e de que compartilham uma mesma identidade. Não é à toa que muitos gêmeos se fazem passar um pelo outro com muita facilidade e diversão (eu sou ele ou ele sou eu, ou será o contrário?)
Para que seus filhos tenham a chance de se tornarem indivíduos únicos e com identidades próprias, vocês papais podem facilitar esse processo dando nomes bem distintos a eles.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sobre a enquete.

Independente se você tem ou não filhos gêmeos, deixe sua resposta aqui sobre a enquete.

Entendendo a mensagem da semana: o que significa o tão famoso brinquedo do qual seu filho não se desgruda?

Algum de vocês já deve ter notado uma criança pequena e até mesmo uma maior, segurando um objeto, normalmente macio, sujo, quando não imundo, uma vez, pelo menos, não? O objeto pode ser um paninho, um bichinho, a ponta desse paninho, uma chupeta, enfim, qualquer objeto "eleito" e descoberto por ele, ainda que tenha sido você quem o apresentou pela primeira vez. Vocês também já devem ter percebido que esse objeto é sempre solicitado ou procurado (pela criança) quando se aproxima o momento de ir para cama, para escola ou quando ela não está recebendo a atenção materna de que gostaria, ou seja, esse objeto está sempre a favor de uma defesa contra a ansiedade. 
Intuitivamente, os pais percebem a importância desse objeto e permitem que ele fique sujo, mal-cheiroso e que seja levado nas viagens, por exemplo, sabendo que, se lavá-lo, escondê-lo ou jogá-lo fora, introduzirá uma ruptura de continuidade na experiência do bebê ou da criança pequena. 
A esse tipo especial de objeto, oriundo do exterior, segundo o ponto de vista do adulto, mas não segundo o ponto de vista do bebê, é o que Winnicott chamou de Objeto Transicional. Segundo ele, o objeto transicional "representa a transição do bebê de um estado em que este está fundido com a mãe para um estado em que está em relação com ela como algo externo e separado. É a primeira possessão não-eu."
E quando isso acontece? 
Normalmente acontece quando o bebê começa a desmamar. O momento do desmame é aquele que, depois de o bebê já ter passado por pequenas e sutis separações da mãe, inaugura a separação da realidade interna da externa. A ilusão que fazia parte do bebê, quando a mãe atendia às suas necessidades prontamente, vai dando espaço à desilusão, no momento em que a mãe começa a se interessar novamente por sua vida conjugal, profissional etc... Seguido a esse processo lento e gradativo, vem o desmame e com ele as frustações e a ansiedade que poderão ser aliviadas com o conforto de um objeto (objeto transicional), que o remeterá internamente à mãe. Daí, a enorme importância da "continuidade (no tempo) do ambiente emocional externo e de elementos específicos no ambiente físico, tais como o objeto ou objetos transicionais.
Você se lembra qual fim teve esse tão amado objeto? De repente, você percebe que seu filho o deixou de lado, o jogou fora espontaneamente, ou deu para um irmãozinho ou outra criança. E é assim que os papais devem deixar acontecer. 
Winnicott diz: " Seu destino é permitir que seja gradativamente descatexizado, de maneira que, com o curso dos anos, se torne não tanto esquecido...... Com isso quero dizer que, na saúde, o objeto transicional não 'vai para dentro'; tampouco o sentimento a seu respeito necessariamente sofre repressão. Não é esquecido e não é pranteado. Perde o significado, e isso se deve ao fato de que os fenômenos transicionais se tornaram difusos, se esparalharam por todo o território intermediário entre a 'realidade interna' e o 'mundo externo, tal como percebido por duas pessoas em comum', isto é, por todo o campo da cultura, do brincar, da criatividade, apreciação artística etc. O conceito desse fenônemo diz respeito a uma dimensão do viver que não depende nem da realidade interna, nem da realidade externa; mais propriamente, é o espaço em que ambas as realidades encontram-se e separam o interior do exterior." Ele é a moldura para os objetos transicionais e muitos outros que virão, de variadas formas, à medida que nos desenvolvemos.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Resultado da enquete: o que fazer quando seu filho se recusa a comer?


Esse é um tema delicado que afeta milhares de mamães as deixando muito angustiadas, estressadas e nervosas. Muitas, inclusive àquelas que não têm filhos mas têm sobrinhos e primos, já devem ter visto alguma cena, às vezes difícil de se imaginar, de um bebê ou criança pequena se recusando, terminantemente, a comer ou fazendo um escândalo diante de um prato de comida. Já pude presenciar uma cena em que um menino de 9 anos conseguia mobilizar toda uma família, transtornando a hora da refeição, quando lhe era oferecido outro alimento que não fosse pão. O menino fazia ânsia de vômito, chorava, xingava e dava chutes. Os pais aflitos aceitavam a manipulação e lhe davam o que ele queria para terem um pouco de sossego.

Acho que esse assunto começa a fazer parte do universo das mães, quando começa o desmame. Tudo pode ir muito bem ou muito mal dependendo da forma como se deu esse desmame, da relação da mãe com o bebê, do clima familiar em si, principalmente na hora das refeições e da importância que é dada aos alimentos de um modo geral.
É muito comum os pais oferecerem aquilo de que gostam, já que é o que se encontra disponível em casa, ou quando oferecem algo que não faz parte de sua dieta e a criança recusa, preferem não persistir dando a seguinte desculpa: "ele puxou a mim, também não gostava disso quando era pequeno".
Uma recusa a qualquer tipo de alimento e por um longo período, chegando a comprometer a saúde da criança,  deve ser investigada. Descartada todas as questões orgânicas, uma investigação psicológica se faz necessária, pois a recusa pode ser expressão de uma não aceitação de algum conflito latente ou explícito entre o casal ou até mesmo um gesto de protesto quanto ao que está sendo introduzido junto com o alimento, como angústia ou ansiedade na relação entre mãe e bebê, a atitude da própria mãe etc....
O importante, depois de avaliadas todas as questões citadas acima, é usar a criatividade, incentivar seu filho com pequenas quantidades de comida, convidá-lo a participar da elaboração do prato, não brigar ou puni-lo, não fazer cara feia, não ficar ansiosa, não oferecer comida fora de hora ou recompensas e agrados (o que só reforçará a recusa alimentar e aumentará o desgaste entre vocês). Se seu filho ingere muita quantidade de leite, diminua, pois a ingestão de leite supre a sensação de fome. Lembre-se também de respeitar as suas oscilações de apetite e de que ele também tem preferências e pode, de fato, não gostar de determinado alimento. Se ele não quiser comer naquele momento, dê um tempo a ele, não fique forçando. Pode ter certeza de que na hora que a fome bater ele vai comer. Esquente o prato que foi recusado ou, se já estiver próxima a refeição seguinte, usufruam da companhia um do outro. O que você não pode é ceder aos caprichos dele e lhe dar um biscoitinho ou um docinho, pois, rapidamente, ele aprenderá a controlá-la e a manipulá-la.
Seguindo todas essas dicas, tudo ficará mais fácil.
Quanto ao resultado da enquete: 28% responderam que tentam distrai-lo durante a alimentação, o que eu tenho que discordar, visto que tais atitudes desviam a atenção e comprometem a percepção dos alimentos; 42% responderam que esperam até que ele sinta fome e 28% não concordaram com nenhuma das alternativas.
Mamães e papais, mãos a obra.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Voltando de férias

A partir de semana que vem, o blog será atualizado, já que voltei de férias. Darei o resultado da enquete e falarei sobre a mensagem da semana. Obrigada.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

De Férias

O blog ficará sem atualização por 20 dias, pois estou de férias. Mas a enquete ficará no ar até dia 28 de maio. Podem votar.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sobre a enquete

Se você não concorda com nenhuma das respostas ao lado e faz outra coisa quando seu filho não quer comer, escreva aqui. Seu relato e sua dica são sempre muito importantes.

domingo, 8 de maio de 2011

Resultado da enquete: quando dar a chupeta para seu filho


Antes de dar o resultado da enquete, gostaria de falar um pouco sobre a história da chupeta. Vocês sabiam que a chupeta data de três mil anos, segundo escavações feitas na Itália, em Chipre e na Grécia? Elas apareceram na literatura médica em 1473 na Alemanha e eram feitas de linho trançado, na qual substâncias como mel, leite adocicado, conhaque, láudano e até mesmo sementes de papoula poderiam ser colocadas. Essas chupetas de pano eram amarradas ao berço ou ao cobertor ao invés de na roupa do bebê, como é mais comum atualmente. 
As babás do século XX demonstravam uma total antipatia pelo seu uso dizendo ser uma invenção do diabo para tentar as mães a causarem danos às suas crianças. Os “Livros sobre bebês” publicados entre 1930 e 1955 eram quase unânimes em condenar a chupeta como uma ameaça à saúde, uma causa de desfiguração da boca, de aftas e vários distúrbios digestivos. (Wikipédia).
E o que dizer da chupeta nos dias de hoje? Atualmente, numa casa em que há bebês ou criança pequena, encontraremos pelo menos uma. Antes mesmo de o bebê nascer, algumas mães fazem coleção delas, pois, na recusa de uma, há sempre uma outra para ser oferecida; outras, decididamente, não fazem questão delas, porque usarão de outros meios para tranquilizar o seu bebê. O fato é o seguinte: é quase unânime o uso da chupeta na tentativa de acalmar um bebê. Não é à toa que, em inglês, chupeta quer dizer pacifier (pacificador, apaziguador). Na nossa enquete, 50% responderam que dão a chupeta somente na hora de dormir; 20% sempre que a criança pede e 30% que nunca dão. 
Quando, então, dar a chupeta? Como não torná-la um hábito? Como fazer para tirá-la de vez?
São todas respostas muitos difíceis de serem respondidas, mas acho que o que sempre deve prevalecer é o bom-senso. Já ouvi casos de mãe que, por não conseguirem ouvir seu bebê chorar, ao primeiro sinal, dava-lhe a chupeta e insistia, uma, duas, três vezes, até que começasse a sugá-la, lançando mão, inclusive, do famoso funchicórea (10 vezes se fosse o caso); outras que, por comodidade ou porque não queriam pegar o bebê no colo, davam-lhe a chupeta; uma que confessou dar a chupeta para que o bebê não sentisse sua falta; e o caso mais surpreendente: "a chupeta não será minha rival" (essa se recusou terminantemente a dar a chupeta para seu filho).
Sabemos que a chupeta é sim um objeto tranquilizador e que ela pode fazer as vezes de um colinho, quando a mãe, realmente, encontra-se impossibilitada de pegar o bebê no colo ou de dar o seio ou a mamadeira naquele momento, e é assim que, ao meu sentir, ela deve ser utilizada, para que não se torne um hábito. Se a chupeta for dada a cada vez que o bebê começar a chorar ou a resmungar, ele estará sendo impedido de, por si só, descobrir e criar recursos para aplacar sua necessidade e de aprender a esperar (e aqui estou falando de um bebê com mais de 6 meses, que já pode se distrair com algum brinquedinho em seu berço, com algum som ou barulho, com seu próprio corpo etc...). 
Crianças de 3, 4, 5 anos.... não deveriam estar mais usando a chupeta, pois já estão com dentinhos e falando. A chupeta não só atrapalhará no correto aprendizado da fala como também numa boa dentição. Nesses casos, algum nível de ansiedade deve estar dificultando o seu abandono e somente vocês, papais e mamães, é quem poderão avaliar o que pode estar acontecendo e começar a assumir a responsabilidade de jogá-las fora. E aí, pode entrar a criatividade e a barganha. Pode ser que seu filho aceite na hora a tal troca e, no final do dia, comece a chorar pela sua "pepeta"; talvez ele chore "horas a fio" e você fique com dó. Mas, agora já não há mais volta (ele mesmo, junto contigo, já as colocaram num saco e as viram indo para o lixo. Não pode haver resquício delas e nem umazinha escondida em algum lugar). E não se preocupe, ele não ficará traumatizado, mesmo que, nesse momento, você esteja pensando o contrário. 
Lembre-se de que esse será um grande passo para seu filho a caminho da independência e do crescimento emocional.


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Entendendo a mensagem da semana: seio x mamadeira


Resolvi falar sobre alimentação ao seio ou na mamadeira motivada pelo relato de uma amiga que, recentemente, teve um bebê e ficou as voltas com essa questão, já que não pôde dar o seio como gostaria, porque não tinha muito leite e o bebê passou a perder muito peso. Ela sugeriu que eu escrevesse sobre isso por saber da importância da amamentação e porque muitas mães têm dúvidas e ficam sem saber o que fazer nessa hora.

O tema da amamentação é muito antigo e, diferentemente de como é tratado hoje em dia, dado a sua importância, nem sempre foi assim. No século XIX, os bebês eram alimentados pelas amas-de-leite e, em alguns casos, por elas eram criados, até que atingissem uma certa idade. Ser mãe naquela época não era motivo de orgulho, porque muitas mulheres estavam mais preocupadas em poder participar das festas de salões e dos chás nas casas de amigas. Não havia essa preocupação em relação ao vínculo afetivo proporcionado pela amamentação e as mulheres não eram massacradas ou forçadas a darem o seio, porque não era algo socialmente esperado.
Felizmente, essa época passou, e, hoje, o que mais se discute em várias mídias é a importância não só nutricional e imunológica da amamentação como também afetiva.  
Sabemos de todos os benefícios da amamentação ao seio e de como as mães fazem questão de amamentar seus filhos, na busca, principalmente, de um maior vínculo afetivo. 
É nessa hora que muitas mães se veem numa situação desesperadora, quando não conseguem amamentar. E aí, algo que deveria ser prazeroso torna-se um tormento, misturado à dor, à decepção, à culpa, e à tristeza, como se o tão sonhado desejo de formar um bom vínculo com seu bebê tivesse acabado ali, no momento em que percebeu a sua impossibilidade de amamentá-lo. 
Muitas mães sofrem com isso e já ouvi relatos de mães que amamentaram seus filhos chorando em cima do bebê, deixando o sangue escorrer de seus mamilos, pois achavam que não poderiam fazer um vínculo se não fosse dessa forma, ou seja, amamentando ao seio.
É nessa hora que uma mamadeira faz toda a diferença e traz os mesmos resultados afetivos. Não importa mamãe se não tem como dar o seio, pois os laços de afeto irão se estabelecer da mesma maneira. Você estará ali, segurando seu filho, olhando em seus olhinhos, ele olhando para você e sentindo seu cheiro, a textura do seu corpo e você estará tranquila, em paz e alegre.
Pensem bem: de que adianta estar dando o seio ao seu bebê se, quem está ali, é uma mãe que chora de dor, de tristeza, de decepção? Qual é a mensagem que estará passando para seu bebê nessa hora? 

Então mamães, façam da mamadeira sua aliada. Quando puderem e, se puderem, deem o seio, nem que seja por 2 minutinhos. Minha amiga adotou essa postura: sua filhinha mama todo o leite que há no seio, e que é pouco, e depois passa para a mamadeira, sem estresse.
O importante é que, nos meses iniciais, o bebê que só mama na mamadeira seja alimentado por uma só pessoa, para que ele comece a estabelecer seus primeiros vínculos afetivos com uma só pessoa.
Então mamães, mãos à obra. Espantem os fantasmas da insegurança e da decepção, porque não existe diferença em termos afetivos entre seio e mamadeira.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Enquete

Coloque aqui em qual outra situação você daria chupeta para seu filho ou se você tem outra resposta que não se encontra na enquete.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Entendendo a mensagem da semana: a função especular da mãe


O que o bebê vê ao olhar para o rosto da mãe? Ele vê a si próprio, já que, no início, o que existe é uma pessoa só, uma unidade dual. Sabemos que a primeira relação de um bebê com o mundo é com sua mãe e é através dela e por ela que ele será capaz de enxergar o mundo criativamente ou não. Daí a importância, mesmo antes de ele nascer, da mãe estar num estado calmo, pois tudo aquilo que ela sentir será sentido pelo bebê. 

Quando a mãe olha para seu bebê, aquilo com que ela se parece relaciona-se com o que ela vê, segundo Winnicott. Então, se uma mãe, no momento em que o está alimentando, por exemplo, sente-se ansiosa, preocupada, triste etc.... é isso que seu bebê enxergará e internalizará. Ele depende das respostas faciais da mãe quando olha para o seu rosto e aquilo que ele vê fará parte de seu self em desenvolvimento. 
É lógico que temos que pensar nisso em termos de duração na linha do tempo. Se uma mãe sente-se frustrada, preocupada etc.... e esses sentimentos não cessam e continuam atravessando a relação com seu bebê, é isso que ele sentirá a respeito de si próprio ao longo do tempo. 
Por essa razão, uma mãe que, já no início da gravidez, sente-se desanimada, sem vontade de cuidar do enxoval do bebê, de si própria e das coisas que naturalmente fazia, precisa informar ao seu médico para que possa investigar a natureza desses sintomas e tratá-los o quanto antes.
Winnicott escreveu:
"Ao olhar sou visto, então existo.
 Agora tenho como olhar e ver.
 Agora olho com criatividade, e o que apercebo também percebo.
Mas é bem verdade que procuro não ver aquilo que não está lá para ser visto".
(Mirror-role of Mother, p.114)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Resultado da enquete: por que muitos filhos, apesar da idade avançada, continuam dormindo com os pais?


Muitas questões conscientes e inconscientes estão envolvidas quando o assunto é esse, e devem ser levadas em conta se quisermos ajudar uma família ou criança que estejam passando por isso. Quanto ao resultado da enquete, duas pessoas responderam que é ansiedade da criança; três que é ansiedade dos pais; uma que é por conflitos conjugais; uma que é por medo da criança; uma por nenhuma das respostas acima.
Podemos chegar a uma conclusão de que a ansiedade, seja dos pais ou das crianças, é o pano de fundo para que uma situação dessas ocorra ou se prorrogue e, no caso de crianças, o fato de dormirem com os pais pode deflagrar uma ansiedade ou piorar a que já existe.
Se pensarmos num casal que esteja passando por conflitos conjugais, não é difícil imaginar que uma criança entre eles é uma boa "barreira" para a intimidade, para uma discussão sobre o que está acontecendo, para o reconhecimento de que algo não vai bem ou de que já não existe mais nada a se fazer etc.... Questões transgeracionais também podem estar interferindo quando o assunto é se separar fisicamente do seu filho: "meu pai não foi muito presente em minha vida e eu sempre dormi com mamãe". Ansiedade relacionada ao medo da morte, quando o bebê nasce com problemas ou quando se torna uma criança com uma saúde precária; interesse inconsciente de manter o filho como "o meu eterno bebê" para não ter que encarar o envelhecimento, a falta de objetivo ou ideal na vida etc...
Fiz referência, em primeiro lugar, à ansiedade e ao medo que povoam o universo dos pais, uma vez que não podemos falar de uma criança sem inclui-los.
Olhando para a criança e tentando entender o que se passa, podemos pensar em algumas questões: desejo inconsciente de atender as solicitações paternas; necessidade de cuidar do pai ou da mãe, principalmente quando estes são separados, ou rivalidade (inconsciente) em relação a um dos genitores.

Não podemos deixar de mencionar os medos que levam muitas crianças a pedirem, eventualmente, para dormirem com os pais. Se essa é uma situação ocasional, não é preciso investigar mais detidamente, porém é necessário tirar um tempo para conversar com seu filho e saber como vão as coisas na escola, no bairro ou em qualquer lugar que ele frequente, pois o mesmo pode estar sendo vítima de alguma coisa e não está sabendo como lidar com isso. Se a situação persistir, procure um profissional para ajudá-los.
As informações aqui não podem ser generalizadas, pois cada família é uma família, com suas peculiaridades, histórias e passado.
Aqueles que quiserem saber mais especificamente sobre isso, envie-me um email ou deixe um comentário.
Abraços.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quer sair com seu filho e não ter que se deparar com pirraça ou birra fora de hora?

Eu imagino o quanto deve ser difícil para as mães que não têm com quem deixar seu filho na hora de ir às compras. O que fazer se o pequeno começar a fazer pirraça no supermercado, porque quer alguma coisa ou porque sai correndo na sua frente sumindo do seu campo de vista?
Tudo pode começar em casa, momentos antes de sair. Tire alguns minutos e sente com seu filho explicando o que espera dele. As crianças, muitas vezes, ficam confusas, sem saber o que fazer, pois não é dito a elas como devem se comportar.  Você pode começar dizendo: "nós vamos ao mercado e você precisa ficar perto da mamãe e me obedecer; você vai ajudar a mamãe a comprar tudo, então só pegue alguma coisa quando eu pedir ou me pergunte antes se pode fazer tal coisa.
Então, se você, mamãe, tem uma lista de compras para fazer e vai passar muito tempo no mercado, tente envolvê-lo, dê-lhe pequenas responsabilidades, como por exemplo, pedindo que pegue alguma coisa na prateleira, ou que escolha algumas frutas etc.... Use a criatividade nessa hora. O mais importante é se organizar antes de sair e explicar o que não pode ser feito e incentivá-lo quando estiver se comportando.
E, se, por um acaso, não se comportar, abaixe-se, fique na mesma altura que ele e lhe dê uma advertência, dizendo que se continuar a se comportar mal, ficará de castigo quando chegar em casa ( e aí mamãe você vai ter que cumprir o que falou, mesmo que, ao chegar em casa, ele já tenha se esquecido ou esteja se comportando bem).
Agora, você pode estar se perguntando: "e se o mau comportamento continuar?" Aí, infelizmente, todos irão chegar mais tarde em casa, porque você vai ter que colocá-lo em pé ou sentando em algum canto e pedir que fique ali por alguns minutos (o equivalente à idade dele), já que se comportou mau, e terá que pegá-lo a cada vez que tentar sair. Nesse momento, use um tom de voz firme para que ele saiba que não está brincando.
Nunca se esqueçam de que, ao sair do castigo, seu filho deve lhe pedir desculpas pelo que fez e você deve dizer que o desculpa.
Boas compras!!!! Se tiver alguma dúvida, deixe-a aqui para que eu possa respondê-la.

sábado, 16 de abril de 2011

Enquete

Para aqueles que querem votar na última alternativa da enquete e dizerem o porquê, aqui é o espaço para isso.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Negligência, desamparo, abandono.

Cada vez mais, bebês são abandonados, à noite, no meio da rua (vi no noticiário da manhã de hoje). Por que não deixá-los num abrigo, numa delegacia ou orfanato? Era a pergunta daqueles que encontravam esses bebês. Acho que há muito tempo, essa mulher deixou de amar e de ser amada. Há muito tempo, essa mulher deixou de ser um SER HUMANO. Revoltante. Qual será o futuro desse bebê que, já tão novo, passou por esse trauma: frio, sede, fome, desamparo....? Como o desamparo, a falta de cuidado, a negligência repercutem na vida de um bebê que está crescendo? Devemos lembrar que muitos passam por isso dentro de seus lares. Deixem seu comentário, pois discutiremos na semana que vem.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Entendendo a mensagem da semana: mãe suficientemente boa

Na mensagem da semana anterior, falei sobre dois termos cunhados por Winnicott, holding e handling, que são funções exercidas pela mãe e que dependem de sua empatia, do desejo de cuidar e de atender às necessidades de seu bebê. É somente uma mãe suficientemente boa que será capaz de exercer essas funções tão delicadas. Não se trata de exercê-las de forma "mecânica, automática", mas de forma sensível, entendendo cada gesto e indo ao encontro das necessidades de seu filho. É essa provisão ambiental que possibilitarás ao bebê "dar início a uma existência, a experimentar, a constituir um ego pessoal, a dominar as pulsões e a enfrentar todas as dificuldades inerentes à vida" (D.W.Winnicott).

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Resultado da enquete: até quando dormir com mamãe e papai no mesmo quarto?

Como falei anteriormente numa postagem,  deixar ou não o bebê dormir no mesmo quarto dos pais não é tarefa simples de decidir. Muitas questões conscientes e inconscientes estão envolvidas, além do cansaço e de outros fatores. Tivemos 12 respostas à enquete: oito pessoas responderam que o bebê deve dormir no quarto dos pais até os primeiros meses; três responderam até os seis meses; uma até os dois anos. Ninguém respondeu até um ano e até cinco anos. Parece haver um consenso quanto a importância de o bebê dormir em seu próprio quarto a partir dos seis meses, o que é muito positivo.
Sei que, a partir dos 6 meses, muitos bebês ainda mamam no peito e acordam durante à noite, mas é também o momento em que, se o bebê passa a dormir em seu quarto, paulatinamente, você, mamãe, estará facilitando o desenvolvimento de um eu separado de você, de um self; facilitará o desenvolvimento de um sentimento de que existe um fora e um dentro, um interior e um exterior; que existe uma realidade externa a ele. A isso, se juntará o início de uma alimentação sólida, o desejo da mãe de começar a se arrumar novamente etc....
No início, pode ser difícil, pois nem você nem seu bebê se separaram durante à noite, mas aqui, vão algumas dicas, que também servirá para aquelas mamães que ainda não conseguiram fazer com que o seu bebê dormisse em seu próprio quarto (deve-se levar em conta que para essas mamães vai ser mais difícil, mas não impossível. Deverão ter paciência, e, principalmente persistência).
- Quando estiver faltando umas duas horas do momento de dormir, comece a diminuir seu ritmo e o ritmo do bebê ou da criança pequena. Vá, aos poucos, guardando os brinquedos que os estimule demais.
-Quarenta a trinta minutos antes, leve-o para o quarto, se possível, ponha uma música tranquila, coloque-o na cama dizendo que agora é hora de dormir. Fique perto dele e comece a ler alguma história. Ao final, dê-lhe um beijo e saia do quarto. Se ele choramingar ou até mesmo chorar (sabendo que seu bebê ou criança não está doente), sem sair da cama, deixe-o lá. Lembre-se de que ele está se acostumando e que o choro faz parte do aprendizado. Nesse momento, qualquer ida ao quarto, fará com que associe: "se eu chorar, mamãe vem me ver".
- Se ele sair do quarto, pegue-o pela mão, não faça contato visual e nem fale nada. Fale somente, hora de dormir e coloque-o na cama (para os que ainda não andam, se levantarem e ficarem em pé no berço, deite-o e somente diga que é hora de dormir). A partir da terceira vez, não fale nem que é hora de dormir.
- Se  já souber que vai ser muito difícil ouvi-lo chorar sabendo que não poderá fazer nada, nem chegue a sair do quarto depois de colocá-lo na cama. Sente-se a uma distância razoável e fique em silêncio, sem contato visual. Caso ele vá até você, siga as etapas acima.
Isso pode levar, dependendo da criança e da própria mamãe, alguns dias ou semanas. Tudo vai depender de você e de sua persistência. Em suas primeiras tentativas, talvez você terá que pegar seu filho, que saiu do quarto, várias e várias vezes; talvez levará minutos ou até mesmo horas. Não desanime. Peça ajuda ao seu companheiro, que deve fazer a mesma coisa. Ensine-o essa técnica e o envolva.
Lembre-se: quanto antes você começar esse processo, menos desgastante será e você estará contribuindo para um saudável desenvolvimento emocional de seu filhos.
Se tiver alguma dúvida, escreva. Você não será a primeira nem a última mamãe a passar por isso.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Curiosidade: Banho de Balde em bebês.


Alguém já ouviu falar no banho de balde para bebês? Também chamado de banho-ofurô, essa é a nova mania das mamães européias e americanas. Mesmo que, em princípio, pareça bizarro se pensarmos bem até que faz sentido! A explicação é que, diferente do banho na banheira, no balde o bebê fica imerso em água morna quase até o pescoço. A água quente, além de ser relaxante, é analgésica e organizadora, imitando o ambiente intra-uterino. Isso permite melhora nos estados de agitação, insônia e cólica dos bebês. Os banhos podem ser dados desde o primeiro dia de vida até quando o bebê ainda couber (4 a 6 meses de idade). Em alguns hospitais, bebês que se encontram na UTI também recebem esse banho, pois, segundo especialistas, por ser relaxante, o bebê mama melhor e, por sua vez, ganha peso.
Por que não tentar?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Entendendo a mensagem da semana: Holding e Handling

Holding e Handling são dois conceitos cunhados por D.Winnicott. Ao nascer um bebê, sua dependência em relação ao ambiente (mãe ou substituta) é total, absoluta. É esse ambiente quem proverá as necessidades fisiológicas e emocionais do bebê. Quando uma mãe segura seu bebê e o alimenta, percebe que ele está desconfortável e o muda de posição, troca sua fralda, lhe dá banho e exerce outras inúmeras tarefas, a tudo isso podemos chamar de handling. Já o holding é a disposição empática e afetiva para perceber e atender às necessidades do bebê e que se concretizam através do handling.
A função do holding leva em conta a sensibilidade da pele do bebê: o toque, a temperatura, a sensibilidade visual, auditiva etc.. É ela que protege o bebê de agressões fisiológicas. 
Então, tanto o holding psicológico como o físico são essenciais ao bebê ao longo de seu desenvolvimento, e o serão por toda sua vida. O ambiente de holding jamais perde sua importância.

quarta-feira, 30 de março de 2011

O que você faria com essa criança????

Às vezes, é difícil identificar o choro de uma criança: dor, fome, manha? O que fazer? Prestem atenção ao vídeo e me respondam o que fazer diante dessa situação. Postem seus comentários.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Entendendo a mensagem da semana. "Um bebê sozinho não existe"

Do livro: "Os bebês e suas mães" de Donald Winnicott, quer dizer: um bebê só poderá existir se houver uma mãe que atenda às suas necessidades. Nessa fase, o bebê necessita de um ambiente que o acolha, que o segure e que o alimente e à ela Winnicott deu o nome de "dependência absoluta". 
Conclusão: um ambiente facilitador (mãe e/ou substituta) é tudo de que o bebê precisa, pois, no início, é o ato físico de segurá-lo e manipulá-lo que vai resultar em circunstâncias satisfatórias ou desfavoráveis em termos psicológicos.
E ainda segundo Winnicott: "Se virem um bebê, certamente também verão alguém que cuida desse bebê, ou ao menos um carrinho de bebê com os olhos de alguém grudados nele."

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sobre enquete

Amigos, para aqueles que acham que o bebê deve dormir em seu próprio quarto do momento em que chegam da maternidade e não com papai e mamãe, deixem sua resposta como comentário. Beijos a todos e obrigada.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Dúvidas e Perguntas

Olá amigos, aqui é o lugar para postarem suas dúvidas e perguntas e deixarem seus comentários.
Aproveitem para participar da enquete ao lado. Depois comentarei o resultado e darei minha opinião. Obrigada.

Gravidez com saúde para você, mamãe e seu bebê.

Como lidar com a notícia de uma gravidez? Para aqueles que já a esperavam e para os que não a esperavam, estar grávida é um momento singular e traz muitas dúvidas, preocupações e inquietações. Após o nascimento, acompanhar o desenvolvimento de seu bebê, se adaptando a ele, não é tarefa fácil. É uma fase cheia de perguntas, necessidade de respostas e esclarecimentos. As avós, tias, outras mães e profissionais de saúde podem ser de estimável ajuda.
Há quem pense que esta fase fica para trás depois que o bebê cresce. Não. Há sempre recaídas e retrocessos, pois a vida de um Ser Humano que está crescendo é assim. Está sempre rumo à independência, segundo Donald Winnicott.
Aqui será um lugar onde você poderá tirar suas dúvidas. A cada semana postarei dicas, conselhos, depoimentos e espero que me ajudem postando dúvidas e perguntas.